quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Bem-vindo
Aprender sempre...Mensagem de e-mail
Uma professora me afirmou certa vez:
“Se uma pessoa disser que você é um cavalo, não precisa lhe dar ouvidos. Se duas pessoas disserem que você é um cavalo, talvez precise prestar mais atenção no que anda fazendo. Se três pessoas lhe disserem que você é um cavalo, é bem provável que haja feno caindo de sua boca e uma sela nas suas costas.”
Em outras palavras, quem olha de fora para você talvez veja coisas das quais você não está ciente. Com freqüência não nos dispomos ou não somos capazes de discutir os aspectos desagradáveis de nós mesmos. Em vez de discutirmos o que sentimos, nos criticamos uns aos outros. As pessoas sempre me diziam que eu tinha uma aparência zangada. Quando não estava dizendo que eu tinha uma aparência zangada, diziam que eu estava sempre na defensiva ou pronta para brigar. Quando essas cosias me eram ditas eu ficava ofendida e começava um discurso longo e veemente, afirmando que as pessoas não me conheciam, não sabiam o que eu pensava ou sentia. Normalmente eu terminava meu pequeno discurso declarando que estava de saco cheio de ser criticada e que não estava zangada coisíssima nenhuma, ora droga!
Quando você se recusa a prestar atenção no que a vida esta lhe dizendo, ela será muito clara em sua demonstração.
A vida quer que estejamos atentos a nós mesmos para podemos fazer os ajustes necessários para vivermos de forma mais harmoniosa.
A vida estava tentando me conscientizar de que eu agia como um cavalo, embora eu insistisse que era uma gatinha. A vida tentava me lembrar que eu era uma representante divina de Deus, agindo como uma completa idiota.
Um belo dia ficou bastante claro que eu estava com a boca cheia de feno.
Muitos anos se passaram até que tudo fizesse sentido para mim. Foi preciso que eu esfaqueasse meu marido, batesse com o carro e sofresse um esgotamento nervoso. Era a raiva. Era o medo. Essa série de acontecimentos me fez perceber como a raiva me fazia ficar agressiva e descontrolada. Se você já esteve com muita raiva de uma pessoa, sabe como é difícil sentir coisas boas em relação a ela. Você é capaz de ter uma ataque de fúria só de pensar nela. Se você consegue imaginar o impacto desse grau de fúria quando é direcionado a alguém, imagine o impacto que tem quando é direcionado à pessoa que você vê no espelho todos os dias! As pessoas percebem quando você esta com raiva. Percebem pela sua voz, pelos seus gestos. E a sua raiva causa medo nas pessoas. O medo pode fazer com que elas enxerguem coisas que não existem, ouçam coisas que não foram ditas. Eu passei por isso. A energia que havia dentro de mim, e da qual eu não tinha a menor consciência, manifestava-se como uma experiência de raiva e medo.
Tomar consciência de quem você é e do impacto que produz sobre o mundo não é uma tarefa simples. Exige o mesmo tipo de determinação que eu imagino que os corredores olímpicos das provas de longas distancia devem ter. Você precisara se dispor a ouvir, aprender a aceitar, a compreender e a se amar exatamente como é, com suas experiências de vida.
O primeiro passo na direção da consciência é nos dispormos a olhar para nós mesmos e para nossas vidas sem julgamentos ou autocríticas. Cada pequeno detalhe deverá ser examinado. Cada experiência, cada dificuldade e cada incidente deverão ser revisitados e explorados. Foi James Baldwin quem disse: “Você não consegue consertar o que não consegue encarar!” Vou lhe dar uma pista para você ter sucesso na conscientização: basta apenas olhar e tomar consciência, não precisa consertar coisa alguma. Quando se tornar consciente, não haverá mais necessidade de temer a critica. Você se dará conta de que as pessoas não estão querendo anular quem você é ou faz. Quando as pessoas chamarem a sua atenção para coisas desagradáveis das quais você já tem consciência , em vez de cair na armadilha da raiva, diga simplesmente: “Agradeço seu interesse. Sei disso a meu respeito e estou tentando mudar.”
Oração:
Hoje escolho a CONSCIÊNCIA
Escolho ter CONSCIÊNCIA da beleza da vida.
Escolho ter CONSCIÊNCIA das simples verdades da vida
Escolho ter CONSCIÊNCIA dos simples prazeres da vida
Escolho a CONSCIÊNCIA da alegria
Escolho a CONSCIÊNCIA da paz
Escolho a CONSCIÊNCIA do amor
Escolho ver, sentir, conhecer a presença da energia divina dentro de mim e daqueles que me cercam.
Hoje escolho ter CONSCIÊNCIA, escolho abraçar tudo o que é bom, nobre e divino.
À medida que cresce na minha mente a CONSCIÊNCIA da alegria, da paz, do amor e da bondade, a alegria, a paz, o amor e a bondade transformam-se na realidade que vivo.
Por tudo isso sinto tanta gratidão! E que assim seja!
Iyanka Vanzant
E
“Se uma pessoa disser que você é um cavalo, não precisa lhe dar ouvidos. Se duas pessoas disserem que você é um cavalo, talvez precise prestar mais atenção no que anda fazendo. Se três pessoas lhe disserem que você é um cavalo, é bem provável que haja feno caindo de sua boca e uma sela nas suas costas.”
Em outras palavras, quem olha de fora para você talvez veja coisas das quais você não está ciente. Com freqüência não nos dispomos ou não somos capazes de discutir os aspectos desagradáveis de nós mesmos. Em vez de discutirmos o que sentimos, nos criticamos uns aos outros. As pessoas sempre me diziam que eu tinha uma aparência zangada. Quando não estava dizendo que eu tinha uma aparência zangada, diziam que eu estava sempre na defensiva ou pronta para brigar. Quando essas cosias me eram ditas eu ficava ofendida e começava um discurso longo e veemente, afirmando que as pessoas não me conheciam, não sabiam o que eu pensava ou sentia. Normalmente eu terminava meu pequeno discurso declarando que estava de saco cheio de ser criticada e que não estava zangada coisíssima nenhuma, ora droga!
Quando você se recusa a prestar atenção no que a vida esta lhe dizendo, ela será muito clara em sua demonstração.
A vida quer que estejamos atentos a nós mesmos para podemos fazer os ajustes necessários para vivermos de forma mais harmoniosa.
A vida estava tentando me conscientizar de que eu agia como um cavalo, embora eu insistisse que era uma gatinha. A vida tentava me lembrar que eu era uma representante divina de Deus, agindo como uma completa idiota.
Um belo dia ficou bastante claro que eu estava com a boca cheia de feno.
Muitos anos se passaram até que tudo fizesse sentido para mim. Foi preciso que eu esfaqueasse meu marido, batesse com o carro e sofresse um esgotamento nervoso. Era a raiva. Era o medo. Essa série de acontecimentos me fez perceber como a raiva me fazia ficar agressiva e descontrolada. Se você já esteve com muita raiva de uma pessoa, sabe como é difícil sentir coisas boas em relação a ela. Você é capaz de ter uma ataque de fúria só de pensar nela. Se você consegue imaginar o impacto desse grau de fúria quando é direcionado a alguém, imagine o impacto que tem quando é direcionado à pessoa que você vê no espelho todos os dias! As pessoas percebem quando você esta com raiva. Percebem pela sua voz, pelos seus gestos. E a sua raiva causa medo nas pessoas. O medo pode fazer com que elas enxerguem coisas que não existem, ouçam coisas que não foram ditas. Eu passei por isso. A energia que havia dentro de mim, e da qual eu não tinha a menor consciência, manifestava-se como uma experiência de raiva e medo.
Tomar consciência de quem você é e do impacto que produz sobre o mundo não é uma tarefa simples. Exige o mesmo tipo de determinação que eu imagino que os corredores olímpicos das provas de longas distancia devem ter. Você precisara se dispor a ouvir, aprender a aceitar, a compreender e a se amar exatamente como é, com suas experiências de vida.
O primeiro passo na direção da consciência é nos dispormos a olhar para nós mesmos e para nossas vidas sem julgamentos ou autocríticas. Cada pequeno detalhe deverá ser examinado. Cada experiência, cada dificuldade e cada incidente deverão ser revisitados e explorados. Foi James Baldwin quem disse: “Você não consegue consertar o que não consegue encarar!” Vou lhe dar uma pista para você ter sucesso na conscientização: basta apenas olhar e tomar consciência, não precisa consertar coisa alguma. Quando se tornar consciente, não haverá mais necessidade de temer a critica. Você se dará conta de que as pessoas não estão querendo anular quem você é ou faz. Quando as pessoas chamarem a sua atenção para coisas desagradáveis das quais você já tem consciência , em vez de cair na armadilha da raiva, diga simplesmente: “Agradeço seu interesse. Sei disso a meu respeito e estou tentando mudar.”
Oração:
Hoje escolho a CONSCIÊNCIA
Escolho ter CONSCIÊNCIA da beleza da vida.
Escolho ter CONSCIÊNCIA das simples verdades da vida
Escolho ter CONSCIÊNCIA dos simples prazeres da vida
Escolho a CONSCIÊNCIA da alegria
Escolho a CONSCIÊNCIA da paz
Escolho a CONSCIÊNCIA do amor
Escolho ver, sentir, conhecer a presença da energia divina dentro de mim e daqueles que me cercam.
Hoje escolho ter CONSCIÊNCIA, escolho abraçar tudo o que é bom, nobre e divino.
À medida que cresce na minha mente a CONSCIÊNCIA da alegria, da paz, do amor e da bondade, a alegria, a paz, o amor e a bondade transformam-se na realidade que vivo.
Por tudo isso sinto tanta gratidão! E que assim seja!
Iyanka Vanzant
E
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Enviado por Lucia Santis
ASSÉDIO MORAL
Violência psicológica no trabalho
(*) Lis Andréa P. Soboll
O assédio moral é uma forma extrema da violência psicológica no ambiente de trabalho. Refere-se às agressões psicológicas que se repetem e persistem no tempo, que visam a exclusão do trabalhador do ambiente de trabalho. Configuram-se por comportamentos repetitivos de isolamento, humilhações, constrangimentos,
perseguição manipulações e intenção de prejudicar e, muitas vezes, de excluir o indivíduo do ambiente de trabalho.
Alguns autores (LEYMANN, 1996) sugerem que para ser considerado assédio moral faz-se necessário que os comportamentos destrutivos ocorram repetidas vezes no decorrer de um período médio de 4-6 meses.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2003) descreve o assédio moral como o comportamento de uma pessoa para rebaixar uma pessoa ou um grupo de trabalhadores, através de meios vingativos, cruéis, maliciosos ou humilhantes contra uma pessoa ou um grupo de trabalhadores. São críticas repetitivas e desqualificações, isolando-o do contato com o grupo e difundindo falsas informações sobre ele. Marie-France Hirigoyen (2002), psiquiatra francesa, sistematizou alguns comportamentos, que por sua repetição, associação e intencionalidade, caracterizariam o assédio moral, conforme descrito abaixo.
LISTA DE ATITUDES HOSTIS OU COMPORTAMENTOS DESTRUTIVOS
1) Deterioração proposital das condições de trabalho
• Retirar da vítima a autonomia.
• Não lhe transmitir mais as informações úteis para a realização de tarefas.
• Contestar sistematicamente todas as suas decisões.
• Criticar seu trabalho de forma injusta ou exagerada.
• Privá-lo do acesso aos instrumentos de trabalho: telefone, fax, computador...
• Retirar o trabalho que normalmente lhe compete.
• Dar-lhe permanentemente novas tarefas.
• Atribuir-lhe proposital e sistematicamente tarefas inferiores às suas competências.
• Atribuir-lhe proposital e sistematicamente tarefas superiores às suas competências.
• Pressioná-la para que não faça valer seus direitos (férias, horários, prêmios).
• Agir de modo a impedir que obtenha promoção.
v Atribuir à vítima, contra a vontade dela, trabalhos perigosos.
• Atribuir à vítima tarefas incompatíveis com sua saúde.
• Causar danos em seu local de trabalho.
• Dar-lhe deliberadamente instruções impossíveis de executar.
• Não levar em conta recomendações de ordem médica indicadas pelo médico do trabalho.
• Induzir a vítima ao erro.
2) Isolamento e recusa de comunicação
• A vítima é interrompida constantemente.
• Superiores hierárquicos ou colegas não dialogam com a vítima.
• A comunicação com ela é unicamente por escrito.
• Recusam todo o contato com ela, mesmo o visual.
• É posta separada dos outros.
• Ignoram sua presença, dirigindo-se apenas aos outros.
• Proíbem o colega de lhe falar.
• Já não a deixam falar com ninguém.
• A direção recusa qualquer pedido de entrevista.
3) Atentado contra a dignidade
• Utilizam insinuações desdenhosas para qualificá-la.
• Fazem gestos de desprezo diante dela (suspiros, olhares desdenhosos, levantar de ombros).
• É desacreditada diante de colegas, superiores ou subordinados.
• Espalham rumores a seu respeito.
• Atribuem-lhe problemas psicológicos (dizem que é doente mental).
• Zombam de suas deficiências físicas ou de seu aspecto físico; é imitada ou caricaturada.
• Criticam sua vida privada.
• Zombam de suas origem e de sua nacionalidade.
• Implicam com suas crenças religiosas ou convicções políticas.
• Atribuem-lhes tarefas humilhantes.
• É injuriada com termos obscenos ou degradantes.
4) Violência verbal, física e sexual.
• Ameaças de violência física.
• Agridem-na fisicamente, mesmo que de leve, é empurrada, fecham-lhe a porta na cara.
• Falam com ela aos gritos.
• Invadem sua vida privada com ligações telefônicas ou cartas.
• Seguem-na na rua, é espionada diante do domicílio.
• Fazem estragos em seu automóvel.
•É assediada ou agredida sexualmente (gestos ou propostas).
• Não levam em conta seus problemas de saúde.
Todos os comportamentos listados acima podem ser considerados atos de agressão psicológica, mesmo que não ocorram de forma repetitiva ou intencional. Nem toda situação de violência ou agressão psicológica no trabalho é tecnicamente assédio moral. Repetitividade e intencionalidade são os elementos que caracterizam o assédio moral e o diferenciam das agressões psicológicas pontuais e dos conflitos nas relações interpessoais.
Os comportamentos de violência psicológica mais freqüentes estão relacionados à: pressão exagerada para cumprir metas, supervisão constante e rígida, uso de estratégias de exposição constrangedora de resultados e comparação entre membros do mesmo grupo, competitividade para além da ética, avaliação de desempenho somente pelos resultados e não pelos processos, ameaça de demissão constante, humilhações direcionada para o grupo de trabalhadores diante de resultados abaixo do esperado, entre outras (SOBOLL, 2006).
Assédio moral não é um fenômeno novo, mas as novas configurações do trabalho criam ambientes organizacionais propício para a ocorrência de situações de violência psicológica menores e extremas no trabalho: política neoliberal, reestruturação produtiva, precarização do trabalho, desemprego estrutural, novas formas de gestão de pessoas.
Apesar de mais freqüentes que o assédio moral, os comportamentos de violência psicológica menores são muitas vezes percebidos, num contexto de "banalização da injustiça social" (DEJOURS, 1999), como inerentes ao trabalho no capitalismo globalizado e competitivo e por isso tornam-se invisíveis e pouco discutidos. Entretanto, estes comportamentos são as sementes geradoras das situações extremas de violência psicológica, como o assédio moral, e também implicam em prejuízos à saúde e à vida social do trabalhador.
Referências bibliográficas
BARRETO, M. Assédio moral: o risco invisível no mundo do trabalho. In: Jornal da Rede Feminina de Saúde, n. 25, jun. 2002 a. Disponível em http://www.redesaude.org.br/jr25/html/body_jr25-margarida.html
DEJOURS, C. A banalização da injustiça social. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999.
FREITAS, M.E. Assédio moral e assédio sexual: faces do poder perverso nas organizações. RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 2, Abr./Jun. 2001. (Disponível na web)
HIRIGOYEN, M.F. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Editora Bertrand do Brasil, São Paulo, 2002.
LEYMANN, H. The mobbing Encyclopaedia. (www.mobbing.nu). 1996.
SOBOLL, LAP. Violência psicológica e assédio moral no trabalho bancário. FM/USP. (Tese de doutorado). Cap. 4. Violência psicológica no trabalho. (Defesa: dezembro/2006)
(*) Lis Andréa P. Soboll é Psicóloga (UFPR), Especialista em Psicologia do Trabalho - UFPR, Mestre em Administração - UFPR, Doutoranda em Medicina Preventiva - USP, atuando na área Saúde & Trabalho, como professora universitária, psicóloga clínica, perito judicial e consultora em organizações. E-mail: lisdrea@uol.com.br/ lisdrea@yahoo.com
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Violência psicológica no trabalho
(*) Lis Andréa P. Soboll
O assédio moral é uma forma extrema da violência psicológica no ambiente de trabalho. Refere-se às agressões psicológicas que se repetem e persistem no tempo, que visam a exclusão do trabalhador do ambiente de trabalho. Configuram-se por comportamentos repetitivos de isolamento, humilhações, constrangimentos,
perseguição manipulações e intenção de prejudicar e, muitas vezes, de excluir o indivíduo do ambiente de trabalho.
Alguns autores (LEYMANN, 1996) sugerem que para ser considerado assédio moral faz-se necessário que os comportamentos destrutivos ocorram repetidas vezes no decorrer de um período médio de 4-6 meses.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2003) descreve o assédio moral como o comportamento de uma pessoa para rebaixar uma pessoa ou um grupo de trabalhadores, através de meios vingativos, cruéis, maliciosos ou humilhantes contra uma pessoa ou um grupo de trabalhadores. São críticas repetitivas e desqualificações, isolando-o do contato com o grupo e difundindo falsas informações sobre ele. Marie-France Hirigoyen (2002), psiquiatra francesa, sistematizou alguns comportamentos, que por sua repetição, associação e intencionalidade, caracterizariam o assédio moral, conforme descrito abaixo.
LISTA DE ATITUDES HOSTIS OU COMPORTAMENTOS DESTRUTIVOS
1) Deterioração proposital das condições de trabalho
• Retirar da vítima a autonomia.
• Não lhe transmitir mais as informações úteis para a realização de tarefas.
• Contestar sistematicamente todas as suas decisões.
• Criticar seu trabalho de forma injusta ou exagerada.
• Privá-lo do acesso aos instrumentos de trabalho: telefone, fax, computador...
• Retirar o trabalho que normalmente lhe compete.
• Dar-lhe permanentemente novas tarefas.
• Atribuir-lhe proposital e sistematicamente tarefas inferiores às suas competências.
• Atribuir-lhe proposital e sistematicamente tarefas superiores às suas competências.
• Pressioná-la para que não faça valer seus direitos (férias, horários, prêmios).
• Agir de modo a impedir que obtenha promoção.
v Atribuir à vítima, contra a vontade dela, trabalhos perigosos.
• Atribuir à vítima tarefas incompatíveis com sua saúde.
• Causar danos em seu local de trabalho.
• Dar-lhe deliberadamente instruções impossíveis de executar.
• Não levar em conta recomendações de ordem médica indicadas pelo médico do trabalho.
• Induzir a vítima ao erro.
2) Isolamento e recusa de comunicação
• A vítima é interrompida constantemente.
• Superiores hierárquicos ou colegas não dialogam com a vítima.
• A comunicação com ela é unicamente por escrito.
• Recusam todo o contato com ela, mesmo o visual.
• É posta separada dos outros.
• Ignoram sua presença, dirigindo-se apenas aos outros.
• Proíbem o colega de lhe falar.
• Já não a deixam falar com ninguém.
• A direção recusa qualquer pedido de entrevista.
3) Atentado contra a dignidade
• Utilizam insinuações desdenhosas para qualificá-la.
• Fazem gestos de desprezo diante dela (suspiros, olhares desdenhosos, levantar de ombros).
• É desacreditada diante de colegas, superiores ou subordinados.
• Espalham rumores a seu respeito.
• Atribuem-lhe problemas psicológicos (dizem que é doente mental).
• Zombam de suas deficiências físicas ou de seu aspecto físico; é imitada ou caricaturada.
• Criticam sua vida privada.
• Zombam de suas origem e de sua nacionalidade.
• Implicam com suas crenças religiosas ou convicções políticas.
• Atribuem-lhes tarefas humilhantes.
• É injuriada com termos obscenos ou degradantes.
4) Violência verbal, física e sexual.
• Ameaças de violência física.
• Agridem-na fisicamente, mesmo que de leve, é empurrada, fecham-lhe a porta na cara.
• Falam com ela aos gritos.
• Invadem sua vida privada com ligações telefônicas ou cartas.
• Seguem-na na rua, é espionada diante do domicílio.
• Fazem estragos em seu automóvel.
•É assediada ou agredida sexualmente (gestos ou propostas).
• Não levam em conta seus problemas de saúde.
Todos os comportamentos listados acima podem ser considerados atos de agressão psicológica, mesmo que não ocorram de forma repetitiva ou intencional. Nem toda situação de violência ou agressão psicológica no trabalho é tecnicamente assédio moral. Repetitividade e intencionalidade são os elementos que caracterizam o assédio moral e o diferenciam das agressões psicológicas pontuais e dos conflitos nas relações interpessoais.
Os comportamentos de violência psicológica mais freqüentes estão relacionados à: pressão exagerada para cumprir metas, supervisão constante e rígida, uso de estratégias de exposição constrangedora de resultados e comparação entre membros do mesmo grupo, competitividade para além da ética, avaliação de desempenho somente pelos resultados e não pelos processos, ameaça de demissão constante, humilhações direcionada para o grupo de trabalhadores diante de resultados abaixo do esperado, entre outras (SOBOLL, 2006).
Assédio moral não é um fenômeno novo, mas as novas configurações do trabalho criam ambientes organizacionais propício para a ocorrência de situações de violência psicológica menores e extremas no trabalho: política neoliberal, reestruturação produtiva, precarização do trabalho, desemprego estrutural, novas formas de gestão de pessoas.
Apesar de mais freqüentes que o assédio moral, os comportamentos de violência psicológica menores são muitas vezes percebidos, num contexto de "banalização da injustiça social" (DEJOURS, 1999), como inerentes ao trabalho no capitalismo globalizado e competitivo e por isso tornam-se invisíveis e pouco discutidos. Entretanto, estes comportamentos são as sementes geradoras das situações extremas de violência psicológica, como o assédio moral, e também implicam em prejuízos à saúde e à vida social do trabalhador.
Referências bibliográficas
BARRETO, M. Assédio moral: o risco invisível no mundo do trabalho. In: Jornal da Rede Feminina de Saúde, n. 25, jun. 2002 a. Disponível em http://www.redesaude.org.br/jr25/html/body_jr25-margarida.html
DEJOURS, C. A banalização da injustiça social. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999.
FREITAS, M.E. Assédio moral e assédio sexual: faces do poder perverso nas organizações. RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 2, Abr./Jun. 2001. (Disponível na web)
HIRIGOYEN, M.F. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Editora Bertrand do Brasil, São Paulo, 2002.
LEYMANN, H. The mobbing Encyclopaedia. (www.mobbing.nu). 1996.
SOBOLL, LAP. Violência psicológica e assédio moral no trabalho bancário. FM/USP. (Tese de doutorado). Cap. 4. Violência psicológica no trabalho. (Defesa: dezembro/2006)
(*) Lis Andréa P. Soboll é Psicóloga (UFPR), Especialista em Psicologia do Trabalho - UFPR, Mestre em Administração - UFPR, Doutoranda em Medicina Preventiva - USP, atuando na área Saúde & Trabalho, como professora universitária, psicóloga clínica, perito judicial e consultora em organizações. E-mail: lisdrea@uol.com.br/ lisdrea@yahoo.com
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Mensagem da semana
A Casa Mental
Nossa mente é como uma casa. Pode ser grandiosa ou pequenina, suja ou cuidadosamente limpa. Depende de nós.
Você já observou como agimos com relação aos pensamentos que cultivamos?
Em geral, não temos com a mente o cuidado que costumamos dispensar aos ambientes em que vivemos ou trabalhamos.
Quem pensaria em deixar sua casa ou escritório cheio de sujeira, acumulando lixo ou tomado por ratos e insetos?
Certamente ninguém.
No entanto, com a casa mental somos menos atenciosos. É que permitimos que pensamentos infelizes e maus sentimentos encontrem morada em nosso coração.
E como fazemos isso?
Agimos assim quando permitimos que tenham livre acesso às nossas mentes os pensamentos de revolta, inveja, ciúme, ódio.
Ou quando cultivamos desejo de vingança, rancor e infelicidade.
Nesses momentos, é como se enchêssemos de sujeira a mente. Uma pesada camada de pó cobre a alegria e impede que estejamos em paz.
Além da angústia que traz, a mente atormentada influencia diretamente o corpo, acarretando doenças e sofrimentos desnecessários.
E pior: contribui para o isolamento.
Sim, porque as pessoas percebem quando não estamos bem espiritualmente.
O azedume de nossas palavras, o rosto contraído, tudo faz com que os outros desejem se afastar de nós, agravando
nossa infelicidade.
E o que fazer para impedir que isso aconteça?
A resposta foi dada por Jesus: orar e vigiar.
A vigilância é essencial para quem deseja a mente saudável.
Nossa tarefa é observar cada pensamento que se infiltra, analisar a natureza dos sentimentos que surgem.
E, principalmente, estar alerta para arrancar como erva daninha tudo o que possa nos prejudicar.
Dado esse primeiro passo que é a vigilância, é importantíssimo estar atento para a segunda recomendação de Jesus: a oração.
Quando identificamos dentro de nós os feios sentimentos, as más palavras e os pensamentos desequilibrados, sempre podemos recorrer à oração.
A prece é um pedido de socorro que dirigimos ao Divino Pai. Quando nos sentimos frágeis para combater os pensamentos infelizes, é hora de pedir auxílio a Deus.
É tempo de falar a Ele sobre a fraqueza que carregamos ou a tristeza que nos abate. É o momento de pedir força moral.
E o Pai dos Céus nos enviará o auxílio necessário.
Mas... de nossa parte, é importante não haver acomodação. É preciso trabalhar para ser merecedor da ajuda que Deus nos manda.
Como fazer isso? Contrapondo a cada mau pensamento os vários antídotos que temos à nossa disposição: as boas atitudes,
o sorriso, a alegria, as boas leituras.
Em vez da maledicência, a boa palavra, as conversas saudáveis.
No lugar da crítica ácida, optar pelo elogio ou pela observação construtiva.
Se surgir um pensamento infeliz, combatê-lo com firmeza.
* * *
Não se deixe escravizar.
Se alguém o ofender ou fizer mal, procure perdoar, esquecer. E peça a Deus a oportunidade de ser útil a essa pessoa.
Não esqueça: todo dia é excelente oportunidade para iniciar a limpeza da casa mental.
Comece agora mesmo.
Desconheço o autor.
Nossa mente é como uma casa. Pode ser grandiosa ou pequenina, suja ou cuidadosamente limpa. Depende de nós.
Você já observou como agimos com relação aos pensamentos que cultivamos?
Em geral, não temos com a mente o cuidado que costumamos dispensar aos ambientes em que vivemos ou trabalhamos.
Quem pensaria em deixar sua casa ou escritório cheio de sujeira, acumulando lixo ou tomado por ratos e insetos?
Certamente ninguém.
No entanto, com a casa mental somos menos atenciosos. É que permitimos que pensamentos infelizes e maus sentimentos encontrem morada em nosso coração.
E como fazemos isso?
Agimos assim quando permitimos que tenham livre acesso às nossas mentes os pensamentos de revolta, inveja, ciúme, ódio.
Ou quando cultivamos desejo de vingança, rancor e infelicidade.
Nesses momentos, é como se enchêssemos de sujeira a mente. Uma pesada camada de pó cobre a alegria e impede que estejamos em paz.
Além da angústia que traz, a mente atormentada influencia diretamente o corpo, acarretando doenças e sofrimentos desnecessários.
E pior: contribui para o isolamento.
Sim, porque as pessoas percebem quando não estamos bem espiritualmente.
O azedume de nossas palavras, o rosto contraído, tudo faz com que os outros desejem se afastar de nós, agravando
nossa infelicidade.
E o que fazer para impedir que isso aconteça?
A resposta foi dada por Jesus: orar e vigiar.
A vigilância é essencial para quem deseja a mente saudável.
Nossa tarefa é observar cada pensamento que se infiltra, analisar a natureza dos sentimentos que surgem.
E, principalmente, estar alerta para arrancar como erva daninha tudo o que possa nos prejudicar.
Dado esse primeiro passo que é a vigilância, é importantíssimo estar atento para a segunda recomendação de Jesus: a oração.
Quando identificamos dentro de nós os feios sentimentos, as más palavras e os pensamentos desequilibrados, sempre podemos recorrer à oração.
A prece é um pedido de socorro que dirigimos ao Divino Pai. Quando nos sentimos frágeis para combater os pensamentos infelizes, é hora de pedir auxílio a Deus.
É tempo de falar a Ele sobre a fraqueza que carregamos ou a tristeza que nos abate. É o momento de pedir força moral.
E o Pai dos Céus nos enviará o auxílio necessário.
Mas... de nossa parte, é importante não haver acomodação. É preciso trabalhar para ser merecedor da ajuda que Deus nos manda.
Como fazer isso? Contrapondo a cada mau pensamento os vários antídotos que temos à nossa disposição: as boas atitudes,
o sorriso, a alegria, as boas leituras.
Em vez da maledicência, a boa palavra, as conversas saudáveis.
No lugar da crítica ácida, optar pelo elogio ou pela observação construtiva.
Se surgir um pensamento infeliz, combatê-lo com firmeza.
* * *
Não se deixe escravizar.
Se alguém o ofender ou fizer mal, procure perdoar, esquecer. E peça a Deus a oportunidade de ser útil a essa pessoa.
Não esqueça: todo dia é excelente oportunidade para iniciar a limpeza da casa mental.
Comece agora mesmo.
Desconheço o autor.
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